top of page
Buscar

Tragédia da boate Kiss completa 5 anos

  • G1
  • 27 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

No incêndio morreram 242 pessoas. Mães de vítimas se reuniram em frente à boate para cantar. Réus no processo permanecem em liberdade.


Uma das maiores tragédias do país completa neste sábado (27) cinco anos. Em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, parentes e amigos das vítimas lembraram as 242 pessoas que morreram por causa do incêndio da boate Kiss e também pediram a punição dos responsáveis.

As velas doadas pela comunidade iluminaram a caminhada. Centenas de pessoas se reuniram no trajeto de três quadras do centro de Santa Maria até a frente da boate.

Na chegada ao local da tragédia, orações e abraços. As mães das vítimas se reuniram para cantar. Uma sirene lembrou o momento do incêndio e aplausos homenagearam as vítimas.

Em cinco anos, a cidade se apropriou da fachada da Kiss, que ganhou várias pinturas para expressar os pedidos de justiça.

O incêndio foi provocado pela fagulha de um fogo de artifício que não deveria ter sido aceso em lugar fechado. As chamas se espalharam por causa da espuma usada para isolar o barulho da boate.

“Que não se repita, que a morte da minha filha não tenha sido em vão”, disse Ligiane Righi da Silva, mãe da Andrielle.

Os réus no processo permanecem em liberdade. Eles são os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos.

Em 2016, o juiz Ulysses Louzada considerou os quatro culpados de homicídio doloso, porque assumiram o risco de matar e determinou que fossem a júri. Mas o Tribunal de Justiça gaúcho entendeu que eles cometeram homicídio culposo, sem intenção, e descartou o julgamento popular.

O prédio fechado e escuro onde funcionava a Kiss foi desapropriado em 2017 e tinha até data para ser demolido para abrir espaço a um memorial em homenagem às vítimas. O projeto continua, mas as famílias conseguiram que a boate seja mantida exatamente como está pelo menos até o julgamento do caso.

O Ministério Público e os advogados da associação das vítimas já recorreram para que a Justiça reverta a decisão e leve os acusados ao tribunal do júri. A intenção é que os jurados possam ver de perto a falta de segurança da boate. Na noite do incêndio, ela estava superlotada e não havia saída de emergência.

“Não tinha como os jovens saírem daqui e conseguirem se manter vivos”, afirmou Flávio da Silva, vice-presidente da Associação dos Familiares de Vítimas.

Raquel é uma das sobreviventes. Há cinco anos, duas vezes por semana, ela tem que ir ao hospital tratar das queimaduras e problemas respiratórios. Vai ser assim para o resto da vida.


Fonte: G1


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page