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Incêndio do Joelma completa 44 anos

  • Terra
  • 5 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

No dia 1º de fevereiro de 1974, cerca de 200 pessoas perderam a vida no maior incêndio de São Paulo. A tragédia do Joelma causou um grande impacto e importantes mudanças na capital paulista.

O incêndio do edifício Joelma, no centro de São Paulo, completa 40 anos neste sábado. O maior incêndio da história de São Paulo deixou 191 mortos, mais de 300 feridos e uma ferida na metrópole que passou a olhar com mais atenção para a segurança em edifícios em caso de incêndios.

Tudo começou com um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado localizado no 12º andar do prédio, por volta das 9h do dia 1º de fevereiro de 1974. Em poucos minutos, os materiais inflamáveis do prédio provocaram a propagação imediata das chamas, atingindo os demais andares, até o topo do edifício. As escadas de emergência, no centro do prédio, logo ficaram intransitáveis por causa da fumaça e das chamas que tomaram conta de praticamente todo o edifício. O que se viu nas horas seguintes parecia uma operação de guerra.



Mudanças na lei:

O episódio causou um grande impacto na cidade, tanto que em pouco tempo, a administração municipal propôs uma mudança radical na fiscalização dos prédios em construção. A partir de então, São Paulo teria uma regulação mais detalhada sobre a prevenção de tragédias como a que assolou o Joelma.

A nova lei foi aplicada diretamente em prédios em construção ou que passariam por reforma, além dos edifícios que fossem notificados como inseguros por fiscais da prefeitura. O decreto legislava sobre a classificação do prédio, materiais utilizados na construção, lotação máxima, rotas de fuga, resistência ao fogo, suprimento de água para combater o fogo, extintores e para-raios. A amplitude do decreto mostra a fragilidade da legislação vigente até o incêndio trágico do Joelma.

Proteção contra o fogo: Segundo a recomendação pós-Joelma, todas as partes dos prédios deveriam apresentar resistência ao fogo por, no mínimo, 4 horas. Além disso, todas as paredes externas deveriam ser construídas com material à prova de fogo.

Pela primeira vez fica proibida a construção de coberturas com material combustível, a não ser em camada de impermeabilização. Também se tornou obrigatório o uso de material resistente ao fogo nas escadas. O uso de madeira só seria permitido nos corrimões. Material inflamável Uma das características mais marcantes do incêndio que atingiu o Joelma foi a rápida propagação das chamas. Temendo novo desastre, a prefeitura passou a classificar os prédios de acordo com os materiais depositados ou manipulados em seu interior. Hidrantes, Sprinkler e extintores Com a nova determinação municipal, os hidrantes deveriam permanecer em locais estratégicos, ficando no máximo à distância de 30 metros do edifício. Pela primeira vez, a prefeitura estabelece que as tomadas de água devessem ser dotadas de conexões compatíveis com as mangueiras do Corpo de Bombeiros e que sejam independentes ao quadro de água do edifício em questão.A resolução estipulou também que os edifícios deveriam implantar um sistema de chuveiros automáticos contra incêndios (sprinker). Segundo a norma, o suprimento deve ser assegurado por duas fontes independentes de água para evitar uma pane na irrigação. Código de Edificações Pouco mais de um ano após a tragédia, o prefeito Egydio Setúbal promulgou a Lei 8.266, aprovando o Código de Edificações do município. A lei ampliou as exigências do decreto do ano anterior e especificou melhor as normas de segurança.Ao contrário do decreto anterior, a nova lei foi feita com estudo de caso e preparada por uma comissão especial da Câmara dos vereadores. Cada tipo de prédio foi enquadrado em uma categoria, que por sua vez recebeu orientações específicas sobre o uso de material contra incêndio, extintores, escadas e incêndio e saídas de emergência.Esse foi o passo definitivo para uma legislação precisa sobre segurança predial. Com a nova lei, as edificações passaram a seguir uma norma clara e objetiva. As leis de edificações foram alteradas diversas vezes ao longo do tempo, sempre se ajustando às necessidades das novas construções e atividades empregadas nesses prédios.

Fonte: Terra

 
 
 
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